Entrevista com

Paulinho Dhi Andrade

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Paulinho Dhi Andrade

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domingo, 31 de agosto de 2025

domingo, 31 de agosto de 2025


Uma entrevista por Paulinho Dhi Andrade, um escritor brasileiro.

Aliás, a minha avó materna nasceu lá, em Belém do Pará.

Natural do Porto, licenciada em Germânicas pela UP, lecionou Línguas, tendo começado pelo Liceu de Guimarães (Escola Secundária Martins Sarmento) com Alemão, Inglês nível IV (única turma de Guimarães). Lecionou principalmente Português, na EB23 de Caldas das Taipas, durante 35 anos. Teve vários cargos e pertenceu à da Direção 25 anos. Foi professora de Escrita Criativa e de Jornalismo, pois criou O Pequeno Jornalista, (dois prémios a nível nacional), que manteve durante 30 anos, até se aposentar. Enveredou então pela carreira de escritora, com obra publicada

ENTREVISTA

1 - Olá, Teresa, tudo bem? Podemos começar a entrevista com você nos dizendo a origem de seu sobrenome, “Portal”?

O sobrenome Portal vem da minha avó materna. Os Portais são de Cesar, Oliveira de zeméis, São João da Madeira. Como era tudo via feminina, o nomes duplicaram em Portal e Silva (a minha bisavó era Portal e o meu bisavô Silva), Portal Madeira, Portal Jorge... Já não devia ter Portal, mas pra ser um nome incomum, tem continuado. A minha mãe teve, nós (somos) temos e até a minha neta tem. O meu filho correu com os outros apelidos e ficou o Portal da avó paterna.

2 - Você tem formação acadêmica? Qual?

Já está em cima. Sou licenciada em Filologia Germânica (Inglês e Alemão), pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O meu curso foi o último a ter cinco anos.

3 - Quando foi que você deu início na carreira de escritora?

Escrevo desde sempre. Gostava de inventar histórias. Depois, comecei por escrever histórias em Inglês (antigamente não havia livros de Inglês e eu escrevia Histórias. Na EB23 das Taipas, onde acabei a lecionar, eu escrevia histórias para a revista «The Kids» e a minha colega escrevia para o Jornal Escolar – «O Pequeno Jornalista». Depois comecei a ser eu a escrever para o Jornal histórias e crónicas.

Foram 30 anos com o Jornal Escolar que criei, alimentei e acabei (aposentei-me e o Jornal também). O Clube acabou e anos depois criei a Oficina de Jornalismo e de Escrita Criativa que começou por ser uma atividade facultativa, mas acabou a ser um clube de desenvolvimento para os bons alunos da escola. Adorei esse tempo. Convidados pela plataforma Wikijornal, a oficina criou Os Pequenos Jornalistas, no plural com um ratinha na mão.

4 - Qual o título de seu livro mais comentado, e do que se trata?

Não faço a mínima ideia. Comecei a publicar, quando fui forçada a aposentar-me. Quando lancei «As Bruxas Bruxinhas», sem ilustrações para o pré-escolar e 1º ciclo, visitei as escolas todas do meu ex-agrupamento e mais algumas. Depois veio a Coleção Os Segredos, escritos numa altura em que a subdiretora podia não dar aulas (fui 25 anos da direção do agrupamento) e saiu os Segredos da Casa Abandonada e depois Os Segredos da Aldeia da Meia Lua. Faltam sair dois- Os Segredos na Neve e Os Segredos do Beto, que sairão oportunamente. Já estão paginados e até ilustrados, mas houve um problema com as ilustrações. Todos estes livros são da Trinta-por-uma-linha.

Entretanto lancei os romances «Vidas Sofridas» e «Cartas ao meu eu do outro lado do espelho». Com a chancela Busílis, para adultos, da Trinta-por-uma linha.

5 - Conte-nos um pouco sobre sua carreira literária

Lancei depois «A Brasinha Aventureira» (ligada aos Jogos Olímpicos) para os infantis e «Ser um Dotado no século XXII» ( ficção científica) que é mais jovem adulto ou juvenil, estes com a Editora Caneta de Estilo.

Este ano lancei o romance «(Des)Aventuras à beira-mar», nomanete para adultos na Busílis.

E lancei uma Coletânea de Poesia «O Espaço dos Versos». Afinal, tenho poemas (e alguns textos) espalhados por todas as coletâneas da Chiado Books e agora da Cordel de Prata.

Mas vão sair mais.

6 - Você já participou de algum concurso literário? Qual?

Participei em muitos concursos literários, mas, fui mais premiada no Brasil do que em Portugal. Na Coletânea Reflexões da Hüning Editora, com o tema «A fome» tive uma das dez poesias premiadas, no ano seguinte na mesma editora, na Coletânea Conexões fui homenageada (em Portugal é uma Menção Honrosa com um conto, com o tema «Ter-se-á o mundo conectado?».

Depois ganhei tive uma dos 30 contos juvenis selecionados para fazerem parte da Coletânea Philia de Contos juvenis- Eu leio um conto 2021 da Editora Philia, Em Portugal, ganhei uma menção Honrosa no 22º Concurso Literário Dr. João Isabel , da Câmara Municipal de Manteigas, com um conto.

Tenho concorrido, mas continuam a exigir em papel e, às vezes com pens e fica muito caro. As tecnologias são boas para isto.

7 - O que você acha dos áudio-livros?

Já ouvi contos meus em áudio (nos inícios da IA), mas tem de se ter muito cuidado, porque não percebiam os ordinais, nem os números romanos. Hoje isso está ultrapassado. Mas não gosto. Para mim livro é papel, tanto que manuscrevo tudo quanto faço e depois digitalizo.

8 - Qual livro, ou livros, você leu mais de uma vez, e qual o motivo de repetir a leitura?

Atendendo `minha idade (uma frase que «adoro» ouvir), já repeti vários livros, entre eles «Imaginação» da Maria Alberta Menéres, um livro pedagógico. Depois já li e reli várias vezes Agatha Christie (tenho a obra toda), Stanley Gardner (tenho a coleção toda), José Rodrigues dos Santos (tenho a obra toda), Edgar Alan Poe, Luísa Alcott , as irmãs Brontë (estas últimas da minha juventude), o «Nome da Rosa» de Umberto Eco, Stephen King... Nunca mais acabava. Para último aquele que mais me estimula, não por ser católica, mas por ter influenciado o meu escritor favorito Miguel Torga (estudou num seminário, dizia-se ateu mas transpira religiosidade)- a Bíblia. Podia continuar com Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, António Mota (infantojuvenil) e a minha concidadã Sophia de Mellho Breyner Andresen que me influenciou muito também.

9 - O que você acha da leitura digital, E-book, veio para somar ou diminuir o interesse pelos livros impressos?

Tal como os áudio-books, não gosto dos E-Books. Não consigo ler nada no monitor do computador. Tenho de imprimir. Acho que há muita gente como eu. O livro impresso nunca desaparecerá, pois aí a humanidade acaba. Os livros que chegaram até nós deram-nos a conhecer a civilização da época, usos, costumes, valores... se desaparecem fica um vazio.

10 - Qual livro você já leu que a fez parar para refletir sobre a vida?

«O Segredo» de Rhonda Byrne e «A Bíblia».

11 - Já escreveu roteiro para cinema?

Não, nunca. Nem me interessa muito.

12 - Qual foi a maior decepção que você já teve, em relação a cultura?

A falta de interesse de jovens e adultos pela leitura e pela escrita. E aqui, uma vez professora sempre professora, cabe aos professores entusiasmarem os alunos pela leitura de obras. Não com as obras obrigatórias, em que agora os alunos apenas leem excertos. Ficam a saber o quê? Acho que o professor pode ser um veículo importante para dizer ao aluno x- lê isto e ao aluno y- lê aquilo. E também usar a leitura como um veículo para o ensino. Tive uma turma do 8º ano que não conheciam os contos maravilhosos (?). Impossível! Podiam não se lembrar. Comecei a ler em todas as aulas um conto maravilhoso ou um conto tradicional. Adoravam. Não havia barulho. Regressavam, temporariamente, ao jardim de infância.

13 - Você tem ou já teve algum envolvimento com teatro?

Já fiz uma peça de teatro em que juntei o «Mundo em que vivi» de Ilse Losa com «O Diário de Anne Frank». No último capítulo do livro, Ilse Losa conta a conversa com o capitão da Gestapo que lhe deu 5 horas para sair da Alemanha ou era presa. Preferiu olhar para a mulher loira de olhos azuis que tinha à sua frente do que para a judia e assim veio para Portugal e é uma das nossas escritoras de escrita infanto-juvenil, cronista ,etc. O interessante nesse teatro foi que juntei mãe e filha a atuarem. A mãe era uma prfessora da escola e a filha era minha aluna.

14 - O que você tem a dizer para os escritores que estão começando e/ou para aqueles que pretendem ingressar no mundo literário?

Eu ainda estou a pretender entrar no mundo da escrita, mas vou dar uma viragem à minha vida e vais ver se consigo. Só posso dizer que tentem, não desistam, enviem os manuscritos para as editoras, procurem escrever bem a Língua Portuguesa (há tanta asneirada por aí).

15 - Gostaria de dizer algo para seus leitores? Fique à vontade.

Aos meus leitores, só tenho de dizer o meu muito obrigada e que continuem a apoiar-me e que comprem as minhas obras, principalmente os romances que se vendem na Wook, menos o último. Se preferirem comprarmos a mim, o contacto é (351)914500463. Os portes pago eu (para Portugal Continental).

Muito obrigado, Teresa:

https://www.wook.pt/autor/maria-teresa-portal-oliveira/

(acho que basta isto, mas se escreverem o nome vai lá parar)

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