O meu romance «Vidas Sofridas»

Dois conventos franciscanos, um de cada lado do rio tumultuoso, monumentos nacionais, albergam a escolarização obrigatória até ao 12ºano: o da Imaculada Educação, as raparigas e o pré-escolar; o de S. Salvador, os rapazes.

Os dois serão o palco das “Vidas Sofridas”, um romance onde se emaranham histórias de vida martirizada de alunos, de freiras e de frades, de gentes de uma aldeia perdida no meio dos montes, de uma vila parcialmente destruída por uma tempestade selvática a que se vem juntar o suicídio de Adelaide, uma das alunas da Imaculada Conceição, na Ponte do Diabo.

O Frei Inácio, superior de S. Salvador e confessor do Imaculada Conceição aparece como elemento salvador até para o seu grande amigo Dom José Felisberto, cardeal, tendo ambos professado quando eram adultos: o primeiro, advogado, partira em busca de S. Francisco; o segundo, arquiteto, fora para o Tibete e estivera com o Dalai Lama, praticando ambos artes marciais. Ambos têm vidas passadas…

Os dois juntos exterminam a corrupção que abunda por aquelas terras, melhoram a vida da vila e das aldeias, unem as gentes numa verdadeira comunidade.

A tempestade inicial comanda o romance, que congrega vidas desgraçadas de homicídios involuntários, maus tratos, violência doméstica, pedofilia, homossexualidade…

A irmã Joana e o seu gémeo Augusto, a irmã Paula, o médico “cenourinha, o Agostinho e a Josefa, o André, o Toino, o Joaquim, frei Benjamim, o Zé da Venda, o “Manteiga” estão interligados.

De que forma? Cabe-lhe a si descobrir. Leia o romance.

Comentários

Crítica ao romance por Martinho Afonso

O que dizer do livro Vidas Sofridas de Maria Teresa Portal Oliveira? Não sou crítica literária. Nem escritora. Sou uma simples leitora que conhece pessoalmente a autora. Conheci-a através do Rotary há cerca de 20 anos.Mais tarde descobrimos que somos primas em 2.º grau. Família de S. João da Pesqueira.


Confesso que me surpreendi com o(s) tema(s) do livro. A Teresa já tinha publicado dois livros infantojuvenis. O
Vidas Sofridas levou-me por caminhos de sofrimento provocados por gente que existe. Na vida real. E senti empatia pelas vítimas. E repulsa pelos agressores. A certa altura apeteceu-me gritar: Cabrões!
Sorria quando a paz emanava das palavras que descreviam momentos de felicidade.
Um livro para ler e sentir na pele todas as emoções.
Posso afirmar que descobri uma nova prima e excelente romancista
.

Crítica ao romance "Vidas Sofridas" por Resgate Salta

O título que desvela mas cuja rima interna seduz; gostei bastante do teu romance, mas culpo-me por tê-lo lido com a autora amiga sempre omnipresente nas minhas interpretações. Certamente, se eu não conhecesse a autora seria um bocadinho diferente...

É que a professora aparece várias vezes nos seus apartes e faz de nós dóceis alunos!

A obra tem um trama muito bem arquitetado, e, tal como o fio grosso da lançadeira que sustenta outros fios mais nobres, envolve-nos qual peça que nos obriga a pensar antes de a vestirmos.

E voltamos ao narrador que, algumas vezes pernóstico, tira-nos a liberdade de construirmos as personagens, de deixar que elas nos surpreendam. Já quando esse mesmo narrador se solta e deixa que a focalização da ação seja dada pelas personagens - e aqui pontuam os vários registos que usas com marcas de oralidade (sim, também estão aí as palavras "feias") - a leitura corre mais fluida e prazenteira.

Seria talvez interessante convocarmos uma autora menos apressada no desenrolar das ações: sim, temos o gosto infantil de ver os maus rapidamente condenados, mas personagens que saiam da planura dicotómica convocam a preciosa mais-valia do leitor e, desse modo, fazem-nos parte da obra.

E, neste momento, já discordaste várias vezes destas minhas impressões...

Numa só frase - venha o próximo romance e tens aqui mais um incondicional leitor.


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