Ser professor significa estar atualizado sobre as novas correntes pedagógicas, metodologias e estratégias de ensino e apostar na formação, seja ela uma autoformação através da leitura de obras de cariz científico-pedagógico e frequência de seminários, palestras e ações de formação de curta duração, seja através de ações de formação creditadas fornecidas por entidades formadoras como os centros de formação de professores, as associações, os sindicatos e as universidades.
Ao longo dos mais de trinta e cinco anos de carreira, li muitos documentos e frequentei muitas das modalidades de formação enunciadas e fui gerindo a minha carreira e a minha apetência por uma atualização permanente.
Amiga do lápis (marcador) e do papel, sempre gostei de tirar notas e depois escrevinhar as minhas impressões e reflexões que, há já um bom par de anos, se transformaram também em pequenos artigos de opinião, por vezes pequenas crónicas, tendo começado a colaborar com dois jornais regionais- o Povo de Guimarães e o Reflexo (impresso e digital) - e a presente revista ELO.
Esses escritos, publicados ou não, eram e são um exercício contínuo e reflexivo que muito me tem ajudado na desconstrução e interpretação de diferentes documentos e legislação e na sua aplicação na prática do dia a dia do docente, enquanto professora, enquanto responsável pela coordenação de um órgão de gestão intermédia, enquanto elemento do órgão de gestão da escola / agrupamento. Dessa forma, partilhei e partilho as minhas experiências, vivências e inconfidências, para que os pares (e não só) delas possam tirar algum proveito…
“Uma professora disse que se nós, professores, contássemos, partilhássemos as coisas boas que acontecem connosco teríamos uma fonte enorme de energia e de otimismo, mas estamos mais habituados a compartilhar os problemas, as dificuldades. Se os professores contassem por escrito ou oralmente as coisas boas que acontecem na educação, tínhamos uma fonte inesgotável de entusiasmo, de otimismo, de energia, de força. Parece-me muito preocupante que haja tanta obsessão pelos problemas, pelas dificuldades, pelo fracasso, e menos por tudo o que se faz, tudo o que se dia, que é muito, para melhorar a nossa vida. E quantas emoções…” (Guerra, Miguel Santos; A vida de professor é apaixonante; pp.14-15)
Maria Teresa Portal Oliveira
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