Dia Mundial da Alfabetização

-8 de setembro-

Criado pela ONU/ UNESCO em 8 de setembro de 1967, O Dia Mundial da Alfabetização pretende marcar a importância social da alfabetização para o desenvolvimento social e económico mundial.


O direito à educação está exarado na Declaração dos Direitos do Homem como um dos direitos básicos.

Portugal tem uma educação básica de doze anos desde 2009, uma realidade que não se visualiza em muitos países e que aumenta as desigualdades sociais, os preconceitos e até a desigualdades de género. Infelizmente, estas últimas continuam a fazer-se sentir, com os homens a terem acesso à cultura e muitos países e as mulheres não, mas principalmente com as atitudes tomadas com o género feminino em que para a mesma qualidade de trabalho o ordenado é diferente e em que o acesso aos escalões do topo são escamoteados. Veja-se a obrigatoriedade do terço nas listas para as eleições quer para um género quer para outro, mas em que os homens continuam em maioria. No entanto, se formos às universidades, nos países alfabetizados, as mulheres á quase ultrapassam o número de homens nos vários ramos académicos.

Sem este direito básico não pode haver pleno exercício de cidadania, principalmente e quando agravado por uma educação que não seja inclusiva- destinada a todos e, nomeadamente, aos que têm algum problema no âmbito da educação especial.


Felizmente, no nosso país, o analfabetismo diminuiu drasticamente em zonas onde as escolas e as juntas de freguesia e as câmaras municipais fizeram pressão junto das autoridades e dos pais/ encarregados de educação e houve durante tempos a alfabetização dos adultos e as Novas Oportunidades. Infelizmente, continua a existir o analfabetismo funcional, ou seja, as pessoas juntam os fonemas e leem mas depois falha a capacidade de compreensão e interpretação das frases lidas. Em países subdesenvolvidos a taxa de analfabetização continua a ser confrangedora e Planos Nacionais de Educação nem existem.


No nosso país, quase posso dizer que é ao contrário. Temos tantos planos quantos governos. O que uns fazem os sucessores desfazem e por isso a educação tem andado à custa dos professores, a quem não é reconhecida a devida importância, que funcionam como pulguinhas saltitando conforme as medidas adotadas por uns e por outros. Muito sinceramente nem sei como é que temos tanto poder de resiliência.

Ainda bem que já estou aposentada, porque acho que vamos de mal a pior. Os “amores” à Educação estão quase como o soneto de Camões em constantes antíteses. “Amor é fogo que arde sem se ver”. Arde e de que maneira! Os professores que apaguem o fogo e sejam bombeiros para além de todos aqueles papéis que ainda continuam a desempenhar: terapeutas, sociólogos, médicos e até pais, encarregados de educação.


E jé me alonguei.


Que este Dia Mundial da Alfabetização venha lembrar a todos que sem sermos alfabetizados não podemos ser cidadãos de corpo inteiro.


E, puxando a brasa à minha sardinha, sem bons leitores não há bons escritores e sem livros, a cultura não é transmitida. Continuemos a dar a importância aos livros que eles merecem (papel, e-book), embora eu favoreça sempre o papel. O papel permanece. O digital muda a uma velocidade tal que tem tendência a desaparecer se não for permanentemente atualizado. E aquele cheirinho bom do papel quando se começa a ler um livro. Essa experiência olfativa e táctil não existe com o digital.


Que querem? Sou mesmo da Era de Gutenberg.


Para mim, o papel manda até quando escrevo. Agora, por exemplo, vou digitalizar o que estive a escrever para publicar no meu blogue/site de escritora.


Ofereça livros! Conte histórias!


Os livros provocam sonhos e os sonhos comandam a vida, sem dúvida!


Boas leituras e Boas escritas!

Maria Teresa Portal Oliveira

A ALQUIMIA DAS PALAVRAS

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