Solidão

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sexta-feira, 27 de junho de 2025


A dor calou fundo

Nas penumbras da memória.

Chorei que me fartei

Até secar a fonte.

Ecos de risos foram-se.

As entranhas revolveram-se

Sombras fugidias que a raiva,

A dor, o tempo devoram.

Guardei-te profundo rancor.

Para onde foi o amor perfeito?

As paredes sussurram segredos de um passado

Que nunca existiu, apenas fingiu.

Os sonhos quebrados dos teus pés de barro

Implodiram reduzidos a nada.

Caminhos, que antes trilhara,

Eram sonhos quebrados, vidros estilhaçados,

Escondidos de todos à vista.

Chorei lágrimas de sangue,

Entre lembranças caladas.

Na solidão de quem está só

Sem proferir um dó.

Prefiro a solidão à comiseração.

Essa amiga cruel abraça-me apertada.

Os falsos partiram em debandada.

Amigos? Encontro o vazio.

Construí paredes e fechei o coração.

Não busco consolo.

Sou amarga, dura,

Guardo a minha essência pura.

Em cada lágrima uma história se tece

E, na solidão, a alma se fortalece.

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Maria Teresa Portal Oliveira

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