No País das Letras, houve uma espécie de revolução, vá lá saber-se porquê.

Lutaram e caíram por uma espécie de funil. Ficaram apavoradas, não sabiam qual seria o seu destino.

─ Ó F, para onde vamos?

─ Sei lá, V. Só sei que o destino é uma incógnita e é o mesmo tanto para as maiúsculas como para as minúsculas.

─ Não, F ─ gemeu o B, lágrima ao canto do olho. ─ Só estamos a cair nós, as maiúsculas.

Subitamente, caiu a noite escura como breu e mergulharam num local molhado fervente. Sentira-se a amolecer a e inchar.

Era uma canja de galinha com letrinhas para o João que estava adoentado e tinha falta de apetite.

Ouviram a mãe dizer que devia ser uma gastroenterite, pois o João corria para a casa de banho com diarreia. Coitado do pequeno! Tão pálido e desolhado.

Naquele dia comeu bem, pois construía palavras para comer.

Adorava puzzles e, para ele, a escrita era um puzzle bem divertido.

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